Caria: Festejos de Santa Bebiana 2011
Já começaram os preparativos para a festa mais divertida e tradicional da Beira Baixa.
A festa da santa bebiana é uma festa pagã e que muita gente tem atraido a Vila de Caria nos dias da festa.
A festa é dedicada ao vinho, pois a santa bebiana é a padroeira das mulheres bebadas, inclui tambem a tradicional procissão, cânticos, rezas entre outros momentos divertidos que tanto caracterizam esta festa.
Este ano a festa irá realizar-se nos dias 1, 2 e 3 de Dezembro, portanto não se esqueça aponte na sua agenda e venha visitar a vila de Caria nestes tres dias e venha divertir-se
(texto: próprio)
Celorico da beira: Desaparecido encontrado morto
O idoso de cerca de 65 anos de idade, desaparecido junto de Celorico da Beira, foi encontrado ontem ao final do dia, já sem vida.
Segundo informou esta manhã o Comando Distrital de Operações de Socorro da Guarda, a vitima encontrava-se junto de um curso de água "onde habitualmente iria apanhar água".
As buscas que decorriam durante o dia de ontem encontravam o corpo, perto das 20,20h.
(texto:Rádio Caria)
Caria: Feira de todos os santos
Realizou-se ontem a tradicional feira dos santos, apesar do tempo chuvoso que muitas vezes obrigou a procurar um refugio nos cafés da vila, a feira correu relativamente bem, houve muitas "barracas", rolotes e muitos carrinhos de venda de castanhas assadas que perfumaram o ar da vila, em relação á afluência de população foi maior do que o esperado nao só pelas condições climatéricas como tambem pela crise que o nosso pais atravessa. houve tambem celebrações religiosas que se iniciaram por volta das 11 horas da manhã e que depois da celebração eucaristica foram seguidas de uma romagem ao cemitério onde se relembrou e se orou pelos familiares ja falecidos. Notou-se tambem que nesta altura muitas das pessoas que moram em vários pontos do pais regressam para ver os seus familiares.
(texto próprio)
Caria: História da festa da Santa Bebiana
Celebra-se no dia 2 de Dezembro, sendo uma tradição muito antiga. Esta é uma festa muito particular, pois celebra a devoção por Santa Bebiana, a padroeira dos bêbados. A procissão sai à rua a partir de dois locais distintos: do lado das Inguias (uma outra freguesia de Belmonte), sai São Martinho, transportado pelas mulheres e, do lado de Caria, Santa Bebiana, transportada pelos homens. As procissões são acompanhadas pelos mordomos, secretários, juízes e um prior, que faz sermões irónicos, e ainda os convivas (irmãos) e grupos de bombos.
Os andores transportam os santos acompanhados de garrafões de vinho. A festa dura até de madrugada, bebendo-se vinho, muita cerveja e comendo-se sardinhas e carne grelhada.
Segundo Cristina Nogueira, autora do livro “Monografia Histórica do Concelho de Belmonte – Novos Contributos”, Santa Bebiana foi uma virgem romana cristã que terá vivido no século IV. Ela e a sua família foram vítimas de um imperador, Juliano Apóstata, que tentava acabar com o Cristianismo e por isso torturou diversos cristãos. Os pais de Bebiana foram mortos e esta foi entregue a uma alcoviteira com a recomendação de que teria de tentar “leva-la por maus caminhos”. A santa terá assistido a festas com elevado consumo de vinho como era característico desta época, mas a jovem nunca se tentou. Como não conseguiu os seus intentos, em 363 d.C., o pretor Aproniano mandou que a amarrassem a uma árvore e foi chicoteada até à morte.
Durante a procissão são proclamadas “orações” irónicas:
“O credo dos Ébrios" – Creio no álcool a 360 graus, todo-poderoso e criador de formidáveis carraspanas. Creio na aguardente sua filha, e minha esposa predilecta a qual foi concebida por obra e graça do alambique, nasceu da puríssima cana e padeceu sob pisão dos moinhos. Foi derramada e sepultada num casco, ao terceiro dia, surgiu da garrafa e subiu graciosa e triunfante à caixa dos pirolitos. Escoou o fundo da caldeira e está no tonel bem rolhada, estando à mão direita das barbas do bagaço, de onde há-de vir alegrar uma grande pândega sem fim; dar nas vistas aos grandes e pequenos, ricos e pobres, doutores e burgueses, santos e diabos. Portanto creio na repetição da pinga, na santa vindima actual, na comunicação dos irmãos do esgota, na renovação das pipas vazias, na bebedeira eterna. Ámen!”
“O Pai-Nosso do Vinho" – Santa uva que estais na parreira, purificada sejais sem enxofre e sem sulfato. Venha a nós o vosso líquido para ser bebido à nossa vontade tanto na taverna como na nossa casa, livrai-nos de quebrar a cabeça. Ámen!”
Esta festa é uma das tradições mais antigas da região e é um testemunho etnográfico de festas báquicas pagãs, tendo sido proibida pela igreja durante séculos, foi recuperada após o 25 de Abril.
(texto "Passado de Pedra")